quarta-feira, 20 de outubro de 2010

Bernardo

As coisas já pareciam não ter muitas cores mais, e os tons pastéis estavam virando rotina.
E foi quando você apareceu.

Eu esperava ansiosamente pro dia chegar.
Pra poder te encontrar e te ver.
Esperava ansiosamente pra te conhecer e poder fazer alguma coisa por você
Parecia à espera de um botão de rosa, do feijão no algodão ou da nota da prova.

Eu já amava aquele grão, mesmo antes de conhecer.
Passar a mão na barriga e falar com você, sentir você chutar, não era sempre, mas sempre era quando te encontrava.

E quando você nasceu, um fogo acendeu. Meu peito doeu.
Não era só mais um, mas era um que eu sabia que seria muito amado, principalmente por mim.
Longe ou perto, eu sei que você ta bem. E todo amor que eu sei, que ainda há em mim, não se desfez, esse na verdade não se desfaz.

Quero poder mostrar o mundo, ajudar e amparar quando for necessário.
Tomar sorvete na beira da praia, ou um carrinho de bate-bate no parquinho.
Jogar bola, fazendo gols à esquerda, por ser zero, mas tentar te ensinar a ser mais que dez.

Um belo pra você, o mundo, meu ser amado.
A vida pra você, meu afilhado Bernardo.

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